O EVENTO

Cumprindo a missão de abordar o funcionamento cerebral e os problemas cognitivos nos eixos ATENDIMENTO, ENSINO e PESQUISA, o Centro Paulista de Neuropsicologia promove o II Seminário de Reabilitação Neuropsicológica.

Na primeira edição do evento, em 2007, apresentamos modelos de reabilitação nos diversos momentos do ciclo de vida.

Neste ano de 2009 procuramos apresentar aspectos teóricos fundamentais na construção do dia-a-dia do atendimento clínico. Esta edição do evento contará também com uma exposição permanente de posters, para que todos tenham a chance de apresentar e discutir seus trabalhos.


OBJETIVOS

• Apresentar os modelos atuais de Reabilitação Neuropsicológica
• Discutir aspectos teórico-práticos da Reabilitação
• Instrumentalizar os profissionais que atendem pessoas com distúrbios cognitivos
• Divulgar a produção nacional na área através de posters e palestras


PÚBLICO ALVO

• Profissionais e estudantes da Área da Saúde (psicólogos, médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, enfermeiros e demais envolvidos)
• Profissionais e estudantes da Área de Educação
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PROGRAMAÇÃO

SEGUNDA-FEIRA: 09/11/2009
Palestras de Abertura
9:00 – Reabilitação Neuropsicológica: histórico e panorama atual - NEUROPSIC. SILVIA BOLOGNANI, CPN
9:40 – Evidências Científicas em Reabilitação Cognitiva - DRA. JACQUELINE ABRISQUETA-GOMEZ, CPN
10:20 – Discussão

10:30 – 10:45 coffee break

Mesa Redonda: Reabilitação Cognitiva do adulto e idoso - moderadora Neuropsic. Sílvia Bolognani
10:45 – Memória - NEUROPSIC. SILVIA BOLOGNANI, CPN
11:05 – Treino Cognitivo Lúdico - DRA. ADRIANA TURCHETTI MOURA, CHECKUP DO CÉREBRO
11:25 – Atenção - NEUROPSIC. RENE VIANA, HIAE
11:45 – Funções Executivas - DRA. ELIANE MIOTTO, USP
12:05 – Linguagem - FONOAUD. RENATA STROBILIUS-ALEXANDRE, CPN/ UNIFESP
12:25 – Discussão

13:00 – 14:00 almoço (não incluído)

Mesa Redonda: Orientação Familiar - moderadora Dra. Jackeline Abrisqueta-Gomez
14:00 – Demências - DRA. MARCIA NOVELLI, UNIFESP
14:20 – O trabalho com crianças - DRA. RITA RAHME, CPN
14:40 – Em doenças crônicas - DRA. FERNANDA GOUVEIA PAULINO, PUC-SP
15:00 – Em lesões adquiridas - MS. PAULA GOUVEIA, HIAE
15:20 – Discussão

16:00 – 16:30 coffee break

Palestras
16:30 – A plasticidade neural e “recuperação” cognitiva - DR. MAURO MUZKAT, CPN/ UNIFESP
17:10 – Lesões cerebrais na infância: questões sobre a reabilitação - DRA. CLAUDIA BERLIM MELLO, CPN/ UNIFESP
17:50 – Discussão


TERÇA-FEIRA: 10/11/2009
Palestras
9:00 – Alterações de comportamento decorrentes de distúrbios neurológicos - DR. DANIEL FUENTES, USP
9:40 – Recursos medicamentosos na Reabilitação - DRA. SONIA BRUCKI, CPN/ USP
10:20 – Discussão

10:30 – 11:00 coffee

Mesa Redonda: Reabilitação Cognitiva na infância e adolescência - Moderadora Dra. Monica Miranda
11:00 – Linguagem - THAIS BARBOSA, CPN/ UNIFESP
11:20 – Memória - ELAINE G. SINNES, CPN/ UNIFESP
11:40 – Atenção - MONICA MIRANDA, CPN/ UNIFESP
12:00 – Funções Executivas - PATRICIA RZEZAK, CPN/ USP
12:20 – Discussão

13:00 – 14:00 almoço (não incluído)

Mesa Redonda: Experiências de Trabalhos em grupo - Moderadora Ms. Fabíola Canali, CPN
14:00 – Lidando com as dificuldades de memória: “Sou amnésico!” - FÁTIMA MONTEIRO, CPN/ UNIFESP
14:20 – Experiência em grupo de TCC em portadores de TDAH - FLÁVIA COELHO SCARAMUZZA, CPN/ UNIFESP
14:40 – Grupo de pacientes com Doença de Alzheimer - VERA DUARTE VIEIRA, CPN/ UNIFESP
15:00 – De volta a vida – como conviver com as seqüelas após lesões cerebrais - ANAIR RODRIGUES, CPN
15:20 – Apresentação de Vídeo - DANIELLA LANDUCCI, CPN e FABÍOLA CANALI, CPN
15:30 – Discussão

16:00 – 16:30 coffee break

Atividades de Encerramento
16:30 – O trabalho de transformar as experiências clínicas em evidência científica - PRISCILA COVRE, CPN/ UNIFESP
17:00 – Palestra Final - Sociedade Brasileira de Neuropsicologia

17:30 – Apresentação do SER EM CENA: Teatro de Afásicos

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LOCAL

Teatro Marcos Lindenberg
Prédio dos Anfiteatros

Rua Botucatu, 862
Vila Clementino
(próximo ao metrô Santa Cruz)


Visualizar R. Botucatu, 862 - Vila Mariana em um mapa maior


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*POSTERS APRESENTADOS*

IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE NEUROPSICOLOGIA NO CENTRO DE TRATAMENTO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA (CETEM) NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS
Maria Fernanda Faria Achá¹, Suzana Costa Nunes Machado²
¹ Neuropsicóloga, Mestranda da Faculdade de Medicina da USP.
E-mail: mariaffacha@yahoo.com.br Endereço para correspondência: R: Presidente Coutinho, 579, sala 405, Centro Médico Florianópolis. Bairro: Centro, Florianópolis – SC. Telefone: (48) 9969-7963
² Neurologista responsável pelo Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla

Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença do sistema nervoso central de origem auto-imune, que acomete adulto jovem, entre 20 a 40 anos, caracterizada por perda da mielina tanto no cérebro como na medula espinhal e que evolui com surtos agudos de perda das funções neurológicas, com períodos de remissão. Sabe-se que fatores genéticos, ambientais e climáticos favorecem o aparecimento da doença. Não há muitos estudos epidemiológicos no Brasil, mas acredita-se que a nossa incidência é aproximadamente de 19 casos para 100.000 habitantes, sendo mais freqüente na mulher (2/1). Embora os sintomas dependam da região afetada (paralisias, visão dupla, incoordenação motora) os relatos de fadiga e alterações cognitivas são evidentes já desde o começo da doença, podendo chegar a 70% dos acometidos. As funções cognitivas mais comumente afetadas na EM são: atenção, concentração, aprendizagem, memória e funções executivas. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo apresentar o serviço de Neuropsicologia implantado no Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla (CETEM) na cidade de Florianópolis. As atividades compreendem aplicação do protocolo de avaliação neuropsicológica e estruturação do programa de reabilitação.

Método: A amostra consiste em 15 pacientes submetidos ao protocolo de avaliação neuropsicológica que investiga as seguintes funções cognitivas: atenção, habilidades visuo-espaciais, linguagem, funções executivas, memória e aprendizagem. A avaliação ocorre em uma sessão de aproximadamente 120 minutos. O intuito da testagem é estabelecer o perfil cognitivo para então ser estruturado o programa de reabilitação de acordo com a necessidade de cada paciente.
Resultados: Até o presente momento foram avaliados 10 pacientes dos 15 propostos inicialmente. Os resultados mostram predomínio de pacientes do sexo feminino (88,8%), com idade entre 41 – 50 anos (45%) e que freqüentaram o ensino médio (38%). De forma geral os resultados do desempenho neuropsicológico situaram-se em faixa média para a maioria dos pacientes avaliados, maior comprometimento em tarefas de controle inibitório.
Conclusão: A avaliação neuropsicológica é etapa essencial para a estruturação de um programa de reabilitação cognitiva. O trabalho realizado no CETEM, ainda em fase de implantação, mostra-se relevante pelo caráter de promoção, compreensão e tratamento dos sintomas cognitivos causados pela EM permitindo então uma busca pela melhor qualidade de vida do paciente.
Palavras-chave: Esclerose Múltipla; Avaliação Neuropsicológica; Funções Cognitivas


A interferência da dificuldade de aprendizagem não-verbal na estrutura afetivo-emocional da criança: relato de caso.
Adriana Foltran Polisel1, Rafael Augusto Teixeira Souza,
Enio Roberto de Andrade, Cristiana de Almeida Castanho Rocca

Resumo
Introdução: O campo de problemas de aprendizagem na infância têm sido de grande interesse nas pesquisas de neuropsicologia. Dentre os problemas de aprendizagem existem as dificuldades para conteúdos verbais e não verbais. Os problemas de aprendizagem não verbal acarretam prejuízos cognitivos específicos. Acredita-se que esses déficits são mediados pelo hemisfério não dominante do cérebro, em que se expressa à comunicação não verbal, já que as funções verbais são ligadas ao hemisfério dominante. A síndrome dos déficits de aprendizagem não verbal é agrupada em três áreas : Déficits neuropsicológicos, prejuízos acadêmicos (matemáticas, compreensão de texto) e adaptações emocionais e sociais: O prejuízo interacional está relacionado na incapacidade para compreender a comunicação não verbal, que envolve gesticulação, expressões faciais e entonação de voz. O prejuízo nas relações sociais, podem acarretar altas probabilidades dessas crianças desenvolverem quadro depressivo, sintomas de ansiedade e até risco aumentado de suicídio.
Método: Foi realizada uma avaliação neuropsicológica em uma menina, 11 anos, estudante da 5º série do ensino fundamental, com queixas sobre dificuldade na interação social, fobia escolar e alucinações visuais. A hipótese diagnóstica era de pseudologia fantástica; a qual se define na literatura como uma mentira patológica. A avaliação neuropsicológica ocorreu em cinco sessões de aproximadamente duas horas cada. Abrangeu a entrevista inicial, a avaliação de aspectos cognitivos como memória (visual e verbal), atenção (WRAML), praxia construtiva e planejamento visuo-motor (Figura de Rey/ Bender), eficiência intelectual, (habilidades verbais e de execução) (WISC-III). E para avaliação dos aspectos afetivos emocionais foram utilizados provas projetivas.
Resultado: Das funções cognitivas avaliadas, observou-se importante discrepância entre os resultados da esfera verbal e de execução a favor da primeira. Sobre os aspectos da personalidade a avaliação descartou um funcionamento psicótico.
Discussão: Analisando os resultados da avaliação, pode se dizer que os relatos de um quadro alucinatório se revelaram como tentativas de esquiva das situações socialmente angustiantes relacionadas com as dificuldades de aprendizagem não verbal que afetam várias áreas do indivíduo: cognitiva, acadêmica e social. Déficit de aprendizagem não verbal, muitas vezes, mostra-se difícil de ser diagnosticado clinicamente, pois normalmente não é expresso com queixa verbal, podendo se manifestar em sintomas psiquiátricos. Esse estudo de caso mostra a importância de uma investigação ampla relacionando aspectos cognitivos aos emocionais. A avaliação neuropsicológica é um importante e promissor instrumento para potencializar a compreensão das manifestações emocionais de transtornos de aprendizagem sendo imprescindível para o curso do tratamento.


ASSOCIAÇÃO DO RASTREAMENTO COGNITIVO COM O GRAU NEUROLÓGICO, A QUALIDADE DO SONO E O ESTADO FUNCIONAL NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL.
Ana Amália Torres Souza, Luciana Protásio de Melo, Renan Alves da Silva Júnior, Débora Carvalho de Oliveira, Tania Fernandes Campos.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
End: R. Humberto Monte, 1062. Capim Macio. CEP. 59082-190 Natal-RN
Tel. 84. 8853-0337
E-mail: adiscipula@hotmail.com

Poucos estudos avaliam as associações entre o estado cognitivo e o grau neurológico, o estado do sono e da funcionalidade no estágio agudo do Acidente Vascular Cerebral (AVC). O objetivo desse estudo foi fazer um rastreamento cognitivo nos pacientes com AVC clinicamente estável (3 a 7 dias) verificando associações com o grau neurológico, a qualidade do sono e o estado funcional. Participaram 15 pacientes com AVC unilateral e não recorrente, 9 mulheres e 6 homens, escolarizados, com idade média de 51 anos (± 11). Os pacientes foram avaliados através do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) para rastreamento cognitivo, pelo National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) para verificar o grau neurológico, pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP) e pela Medida de Independência Funcional (MIF). Os dados foram analisados pelo teste t`Student não pareado, comparando-se o grupo que apresentou rastreamento positivo para déficit cognitivo (n= 7) e o grupo com rastreamento negativo (n= 8). Foi encontrada diferença significativa entre os grupos quanto ao grau neurológico (positivo= 7,9  3,8; negativo= 2,0  2,3; p= 0,003) e quanto à função (positivo= 47,7  22,6; negativo= 75,4  20,1; p= 0,026), mas não houve diferença quanto à qualidade do sono (positivo= 12,9  6,1; negativo= 13,3  8,2; p= 0,919). No MEEM os pacientes tiveram menos pontuação na evocação de palavras, linguagem e capacidade construtiva visual. Com relação a MIF observou-se comprometimento de todas as categorias (auto-cuidado, controle esfincteriano, transferências e locomoção). Quanto ao IQSP, 100% dos pacientes apresentaram qualidade ruim do sono. Os resultados apontam que o rastreamento positivo de déficit cognitivo pode estar associado a maior comprometimento neurológico e funcional, necessitando-se também pesquisar as alterações da qualidade do sono, sugerindo que estas associações sejam preferencialmente levadas em consideração na planificação da reabilitação neuropsicológica dos pacientes com AVC.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Mini-Exame do Estado Mental, cognição, qualidade do sono, funcionalidade.


ESTIMULAÇÃO DAS CAPACIDADES COGNITIVAS NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Kramm, Maria Fernanda; Dias, Gisele Mônaco; e Diniz, Renata
Centro Universitário São Camilo – Curso de Terapia Ocupacional

Evidente o crescimento do número de pessoas atingindo 65 anos. Diferentes autores conceituam esse período, procurando distinguir patológico e saudável, isto é, senilidade ou senescência, este último conhecido como velhice bem-sucedida e envelhecimento saudável. Foram identificadas alterações ocorridas no processo de envelhecimento, enfatizando aspectos cognitivos e repercussões dessas alterações no cotidiano. Esse estudo objetivou contribuir e enfatizar a importância do idoso continuar exercendo atividades significativas, estimulando diferentes aspectos do ser humano; destacamos a estimulação cognitiva como fator fundamental do envelhecimento bem-sucedido. Selecionamos as Universidades Abertas para Terceira Idade por serem um espaço que propicia a continuidade de um contexto significativo ao idoso, promovendo estímulos: sociais, físicos e cognitivos. Evidenciamos conteúdos e objetivos oferecidos, que se relacionam com determinadas atividades: música, atividades artesanais, expressão corporal, e disciplinas teóricas; correlacionando à estimulação cognitiva. Demos destaque a Terapia Ocupacional por utilizar como instrumento a atividade com enfoque no cotidiano, proporcionando significado no “fazer”, correspondendo as necessidades do sujeito, visando motivação e interesse. Apresentamos estratégias e adaptações potencializantes das capacidades cognitivas, estas foram criadas e elaboradas, devido identificarmos a necessidade de teorias preventivas e de manutenção utilizando como método estimulação cognitiva, devido alterações no processo de envelhecimento saudável. Procuramos vincular bibliografias relacionadas à cognição, Universidade Aberta para Terceira Idade, envelhecimento e Terapia Ocupacional. Concluímos que a educação continuada contribui para mudanças benéficas proporcionando um espaço onde o idoso desempenha diferentes papéis e adquiri novos conhecimentos. A Terapia Ocupacional apresenta-se como um meio para otimizar a melhora, manutenção e prevenção das funções cognitivas de idosos que vivenciam um processo de envelhecimento saudável, por deter o conhecimento de técnicas específicas que correlacionam-se com diferentes aspectos do ser humano, viabilizando a criação de adaptações às características do idoso, considerando os aspectos cognitivos, afetivos e ambientais.
Palavras Chave: Cognição, Envelhecimento e Terapia Ocupacional.

Contato
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ATIVIDADE FÍSICA E FUNÇÕES COGNITIVAS
Diogo Miranda Petry - UFRGS; Clézio José dos Santos Gonçalves - UFRGS;

A população idosa é a que apresenta maior índice de crescimento em todo o mundo. Esse aumento contribuiu para o avanço nas pesquisas gerontológicas, visto que os objetivos dos estudos são compreender o envelhecimento e melhorar a qualidade de vida. O envelhecimento é um processo complexo envolvendo variáveis biológicas, psicológicas e sociológicas. Sabemos que existe um declínio com o passar dos anos nas aptidões físicas e das funções cerebrais e cognitivas, podendo comprometer a autonomia e independência. O exercício físico já é conhecido por promover melhora nas aptidões físicas, como força, flexibilidade, resistência cardiorespitatória, agilidade (ACSM, 1998). A melhora ou a manutenção das funções cognitivas estão sendo relacionadas com indivíduos fisicamente ativos comparando com os sedentários. Principalmente o treinamento aeróbio tem mostrado efeito benéfico na cognição, na estruturas e funções cerebrais. Os estudos mostram, em modelo não-humanos, que o exercício aeróbio aumenta a densidade capilar no cerebelo, número de conexões sinápticas, formam novas células nervosas além de aumentar os fatores neutróficos derivado do cérebro (BDNF) que podem induzir a produção de proteínas antioxidantes, estabilizar a homeostase de cálcio, e inibir a apoptose ( KRAMER et al, 2005; CARDOSO et al, 2007; VAN PRAAG, 2003). O estudo de Colcombe et. al.(2003) mostrou através de imagem de ressonância magnética que há declínio relativo a idade na massa cinzenta noem algumas áreas cerebrais, desta forma, o declínio nessas áreas estão relacionado com a diminuição das funções cognitivas. A diminuição nas funções cognitivas não-linguísticas, (ex. memória trabalho, episódica, explicita, atenção, função executiva, etc.) também podem ser investigadas analisando-se o efeito da prática de atividade física regular. O mecanismo da melhora cognitiva e cerebral utilizando o exercício físico ainda não está claro, precisa de mais estudos, não apenas com exercício aeróbio, como também anaeróbio e outras atividades como práticas corporais de sensibilização e percepção.

DIOGO MIRANDA PETRY – UFRGS - pmdiogo@hotmail.com – 51 96590542 - 51 33191258
Graduando Educação Física
Rua Jaime Rolemberg de Lima, 194. Lomba do Pinheiro – Porto alegre - RS


The role of D2 dopamine receptors in memory of healthy young volunteers: relationships between episodic and working memory.
The effects of the D2 dopamine receptor antagonist haloperidol on working memory and long-term episodic memory task performance were evaluated in healthy young volunteers. This study was a double-blind placebo randomized trial in which participants received a single oral dose (4 mg) of haloperidol or placebo. Working memory was evaluated with an operation span task, a random number generation task, digit and Corsi span tasks, reaction time, respectively. Episodic memory was evaluated with prose recall and word free recall. Haloperidol impaired performance on all complex working memory tasks and also impaired episodic memory recall. Significant correlations were found between operation span task performance and episodic memory. When operation span task performance was covaried, the deficit in episodic memory was abolished. These results show that D2 dopamine receptors play an important role in working memory and suggest that the amnesic effect produced by haloperidol administration is mainly due to impairment of the episodic buffer produced by the drug.

Key words: haloperidol; dopamine; episodic memory; working memory; episodic buffer


MUSICOTERAPIA E REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA:
ESTUDO DE CASO DE PACIENTE COM DEMÊNCIA VASCULAR
Greta Marigo Fragata1 e Cléo Monteiro França Correia2

Atualmente percebe-se a importância do trabalho inter e multidisciplinar para o avanço no entendimento e na prática da reabilitação neuropsicológica (RN), bem como o valor da participação ativa do paciente em seu processo de melhora. A musicoterapia surge como uma alternativa de intervenção que corrobora com ambas as proposições. O presente trabalho tem como objetivo descrever uma experiência musicoterápica que contemplou os seguintes aspectos da RN: reabilitação cognitiva, psicoterapia, apoio e orientação à família. EBS, acometido por Demência Vascular, participou de 24 atendimentos individuais de musicoterapia. Simultaneamente, sua principal cuidadora participou de atendimentos em grupo de musicoterapia, direcionados ao apoio e orientação à família. Os atendimentos individuais ao paciente tiveram foco nos déficits de memória, de linguagem e na instabilidade emocional e comportamental apresentadas. Neste período de tratamento verificou-se a melhora da linguagem expressiva, modificações positivas emocionais e comportamentais e estabilidade das funções cognitivas. Duas formas de avaliação foram utilizadas para validar estes resultados: o MEEM e a Avaliação do Comportamento Musical. Os resultados deste estudo foram compatíveis com os de pesquisas anteriores que também apontaram os efeitos positivos da musicoterapia em pacientes que necessitam de adaptação funcional e integração ambiental.
Unitermos: Reabilitação Neuropsicológica, Musicoterapia, Demência Vascular.


Oficina de jogos cognitivos para portadores da Doença de Parkinson: relato de experiência
Laboratório de Educação Cerebral - UFSC
Bruna Suelen Medeiros* , Mariana Lopez , Joana Ferreira di Migueli , Cláudio Malmmann , Osvaldir Viegas , Emílio Takase

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela degeneração de neurônios dopaminérgicos na substância negra. Os sinais clínicos são alterações motoras como: tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e alteração postural. Alterações psiquiátricas desenvolvem-se em 40% desta população e os déficits cognitivos são observados em 25%, com predomínio de disfunção executiva, que pode ocasionar prejuízos nas atividades da vida diária (AVD) e qualidade de vida (QV). Com o objetivo geral de otimizar as habilidades do cérebro executivo em pessoas com a DP, este trabalho relata uma experiência de atuação com oficina de jogos cognitivos em Florianópolis (SC). Os objetivos específicos envolveram: possibilitar o uso de ferramentas lúdicas para treino cognitivo; beneficiar a QV e AVD através do estímulo ao cérebro executivo; promover interação grupal. Realizaram-se 17 sessões de 1h e 30m cada, uma vez por semana durante 06 meses. Participaram 08 pacientes com a DP, entre 59 a 73 anos de idade, com possível disfunção executiva a partir da bateria de avaliação frontal (FAB), não sugestivo de depressão a partir do GDS 15, boa percepção da QV pelo o questionário PDQ-39 e leve comprometimento funcional pela escala Pfeffer. Os participantes relataram na anamnese queixas relacionadas a tomada de decisão, planejamento e organização. As sessões envolveram os jogos Reverse, Mankala, Quéops, Quarto, Equilíbrio, que objetivam o estabelecimento de planejamento, organização, habilidades viso-espaciais, memória de trabalho, atenção e habilidades percepto-motoras. Segundo o relato dos participantes esta experiência possibilitou o manejo das alterações motoras, eficácia na tomada de decisão, habilidades de planejamento e organização para as AVDs. Observou-se que a oficina de jogos cognitivos para o estímulo do cérebro executivo é uma ferramenta pertinente a DP e capaz de atingir as AVDs e bem-estar. Este trabalho relata uma experiência que está em desenvolvimento, assim apresenta ainda limitação nos resultados quantitativos.

*brunasuelen@hotmail.com
48 9919-2058 48 3234-2259
Rua: Lauro Linhares, 1775, apto 503 bloco Oeste
CEP 88036-002
Florianópolis, SC.


Evidências do efeito de um Programa de Reabilitação de Memória para idosos com queixas mnemônicas e sinais de depressão.
Tânia Maria Netto, PUC-Rio
tnetto@yahoo, tel. (21) 9243-4666. End.: Rua Mário Covas Jr. 135/907,
Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, RJ – CEP 22631-030
Marta Bolshaw Gomes Vieira, PUC-Rio
Camila Rosa de Oliveira, PUCRS
Rochele Paz Fonseca, PUCRS
J. Landeira-Fernadez, PUC-Rio

INTRODUÇÃO: No contexto da Neuropsicologia baseada em evidências, estudos comportamentais e de neuroimagem têm sido realizados com freqüência incluindo métodos de níveis de evidências classe I, II e II. OBJETIVO: Averiguar o efeito terapêutico de um Programa de Reabilitação de Memória (PRM) para um grupo de adultos idosos com queixas mnemônicas associadas a sintomas sugestivos de depressão. MÉTODO: A amostra deste estudo contou com a participação de sete adultos idosos, de alta escolaridade, relatando queixas de memória e sintomas objetivos de depressão indicados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15). A verificação do efeito terapêutico deste programa na modalidade de grupo foi efetuada por meio de uma análise comparativa dos escores obtidos em uma bateria de testes neuropsicológicos administrados individualmente em duas sessões pré e pós-intervenção. A avaliação neuropsicológica englobou: dois subtestes do WAIS-III (Seqüência de Números e Letras e Informações), Mini Exame Estado Mental, NEUPSILIN, Bateria MAC, Rey Auditory Verbal Learning Test, e Stroop Test. O PRM foi efetuado em 24 sessões, com freqüência de duas vezes por semana, e duração de 1 hora e 30 minutos por sessão. As técnicas utilizadas no PRM foram apagamento de pistas e distração, estratégias mnemônicas internas e externas, e aprendizagem sem erro. A análise estatística foi feita através do teste não-paramétrico Wilcoxon, comparando-se os escores médios obtidos nos testes neuropsicológicos na avaliação pré e pós-PRM. RESULTADOS: Três variáveis dependentes evidenciaram o efeito terapêutico: escore médio de desempenho em tarefas de memória operacional, escore de sintomas sugestivos de depressão e freqüência de queixas mnemônicas auto-relatadas. CONCLUSÃO: O PRM demonstrou efeito terapêutico na memória operacional, além de reduzir as queixas mnemônicas dos participantes. Como continuidade, pretende-se replicar o PRM em grupos de adultos idosos com dificuldades objetivas de memória e diagnóstico de depressão, buscando-se evidencias do efeito terapêutico por meio de dados comportamentais e neuroimagem.


SÍNDROME NEUROPSIQUIÁTRICA RELACIONADA AO MERCÚRIO: UM RELATO DE CASO.
Francy de Brito Ferreira Fernandes; Luciana de Carvalho Monteiro
Serviço de Psicologia e Neuropsicologia do Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP, São Paulo SP, Brasil.
Resumo: Dentre os produtos neurotóxicos que podem levar a uma síndrome psiquiátrica orgânica, está o mercúrio que está na categoria dos metais pesados. A complexidade do caso é o que estimula a realização de estudos, para que se amplie o entendimento do efeito dessa síndrome sobre a vida do indivíduo afetado. O objetivo desse estudo foi avaliar a preservação e prejuízo de funções neuropsicológicas em um caso de síndrome psiquiátrica orgânica relacionada ao mercúrio. Os instrumentos utilizados nesse estudo foram entrevistas e testes neuropsicológicos (WAIS-R; WASI; Trail Making, Stroop Color Test, Wisconsin, F.A.S, Boston, Figura Complexa de Rey, Reprodução Visual I e R A V L T. As dificuldades mais significativas foram relacionadas a esfera atencional, memória e funções executivas. Estes dados são relatados na literatura para avaliações neuropsicológica feitas com pessoas que estiveram expostos ao vapor de mercúrio por um curto ou longo período de tempo. A compreensão dos déficits cognitivos e funcionais nestes quadros poderá contribuir para entendermos a complexidade do diagnóstico e de alguma forma poder contribuir com a prática de outras especialidades e pensar que essa patologia possa se beneficiar de uma reabilitação cognitiva.

Palavras-Chave: Neuropsicologia. Cognição. Intoxicação por Mercúrio. Reabilitação Cognitiva.

Correspondência:
fbf.fernandes@yahoo.com.br
Rua João Moura, 647 cj. 114
05412-911 – São Paulo – SP
Tel. 11. 3082.2037 / 11. 9159.9036


DEPRESSÃO EM PACIENTE PÓS-AVC: UM ESTUDO DE CASO
AUTOR: Rogéria Pereira Fernandes Soares
TITULAÇÃO: Psicóloga Clínica, Neuropsicóloga e aluna do Ciclo de Seminários do Mestrado em Educação - Área de Inovação Pedagógica - Universidade da Madeira (UMa) - Portugal
INSTITUIÇÃO: Clínica de Psicologia da Faculdade de Ciências Humanas Esuda – Projeto Incubadora - PE
ENDEREÇO: Rua Dr. Bandeira Filho, 155 – Aptº 201 – Graças – Recife/PE
TELEFONES: (81) 32232194 / 86232116
E-MAIL: rogeriaf@ibest.com.br

O presente trabalho tem como objetivo descrever experiência de reabilitação neuropsicológica em um paciente (24) com depressão pós-avc (DPAVC). Durante a avaliação neuropsicológica, o paciente encontrava-se, por dois anos, afastado do trabalho e Universidade, trazendo como queixa dificuldades de memória e atenção, que nos relatos dos familiares acrescentava-se dependência, isolamento e recusa em lutar por interesses pessoais. Apresentando capacidade de expressão verbal e autonomia nos procedimentos comportamentais rotineiros. Diante das queixas referentes a memória, atenção e depressão, foi realizada uma avaliação neuropsicológica através de entrevistas com o paciente e familiares, observação direta e aplicação dos testes, WAIS-III (Adaptação Brasileira) - aritmética, Teste AC de Atenção Concentrada, Bender – tarefas de flexibilidade de raciocínio, atenção e memória de trabalho e Inventário de Depressão de Beck (Versão em Português). Nos quais respectivamente o paciente apresentou dificuldade leve, classificação inferior, déficit na memória de trabalho e depressão moderada a grave. Desde que os exames de imagem não detectaram evidência de sequêlas consequentes do processo isquêmico, a depressão diagnosticada no paciente, não foi atribuída a lesões neurológicas, mas uma reação psicológica aos prejuízos trazidos pela doença. Através de acompanhamento psiquiátrico com administração de inibidores seletivos de recaptação da serotonina e intervenção psicológica com estratégias para resolução de problemas, planejamento de atividades e aumento das atividades prazerosas, foi trabalhado progressivamente nos seis meses seguintes, um programa de reabilitação de enfrentamento ao sentimento de fracasso, fragilidade, dificuldades nas relações interpessoais e o resgate da auto-estima, objetivando qualidade de vida e adaptação biopsicossocial do paciente. Ao término do processo de reabilitação, o paciente apresentou evolução positiva nas funções cognitivas e desaparecimento dos sintomas depressivos. Vindo, pois este estudo a corroborar pesquisas anteriores que apontam um menor índice de DPAVC em pacientes que fazem uso combinado de antidepressivos e intervenção psicológica, comparados aos que seguem um tratamento exclusivamente medicamentoso.


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